Olá, sou Gabriella dos Santos, chef confeiteira especializada em doces tradicionais europeus, e hoje compartilho com vocês uma das minhas receitas favoritas: a autêntica Torta da Vovó, carinhosamente conhecida como “Torta della Nonna” Em italiano. Esta joia da confeitaria italiana conquistou meu coração durante minha primeira viagem à Toscana, há mais de 15 anos, e desde então faz parte do meu repertório de sobremesas clássicas que ensino em meus workshops e cursos de confeitaria. Com sua massa quebradiça que derrete na boca, recheio cremoso de baunilha e limão, e a inconfundível cobertura de pinhões, esta torta tradicional é uma verdadeira viagem sensorial à Itália rural.
Conteúdo:
Os Segredos da Confeitaria Italiana
Torta da Vovó: Receita Tradicional que Todo Mundo Adora
Compartilho minha autêntica Torta da Vovó, aperfeiçoada durante meus estudos na Toscana. Uma sobremesa tradicional italiana com massa quebradiça, recheio cremoso de baunilha e limão, e cobertura crocante de pinhões. Aprenda técnicas profissionais para equilibrar texturas e sabores nesta elegante sobremesa, perfeita para ocasiões especiais.
Ingredientes (8 porções)
Para a Massa Quebradiça:
Para o Creme Pasteleiro:
Para a Decoração:
Passo a Passo para Fazer Torta da Vovó
Preparando a Massa Quebradiça:
-
Misture os ingredientes secos:
Em uma tigela grande,
peneire a farinha,
o açúcar, o fermento
e o sal. Misture bem. -
Adicione a manteiga:
Faça um buraco no centro
da mistura seca e adicione
a manteiga em cubos.
Trabalhe a manteiga na
mistura até obter uma
textura semelhante a
uma farofa grossa. -
Incorpore as raspas e os ovos:
Adicione as raspas do
limão e as gemas à
mistura.Misture até
formar uma massa
homogênea.Se necessário
adicione um pouco
de água gelada. -
Descanse a massa:
Envolva a massa em filme
plástico e leve à geladeira
por pelo menos 1 hora.
Preparando o Creme Pasteleiro:
-
Aqueça o leite:
Em uma panela, aqueça
o leite com as raspas
do limão e a vagem de
baunilha cortada ao meio
até começar a ferver. -
Misture as gemas e o açúcar:
Em uma tigela separada,
bata as gemas com o
açúcar até clarear.
Adicione o amido de
milho e misture bem. -
Incorpore o leite quente:
Retire a panela do fogo,
remova a vagem de
baunilha e despeje o
leite quente gradualmente
sobre a mistura das gemas
mexendo constantemente. -
Cozinhe o creme:
Volte a mistura para
a panela e cozinhe em
fogo médio, mexendo
sempre, até engrossar.
Retire do fogo e deixe
esfriar coberto com
filme plástico.
Montando a Torta:
-
Prepare a forma:
Unte um aro ou forma
com fundo removível
com manteiga. -
Abra a massa:
Retire a massa da
geladeira e divida em
duas partes (2/3 para
a base e 1/3 para a
cobertura). Abra a
parte maior com um rolo
até obter cerca de
3mm de espessura. -
Forre o aro:
Transfira cuidadosamente
a massa aberta para o aro,
pressionando nas laterais
e no fundo. Remova o
excesso nas bordas. -
Adicione o creme:
Despeje o creme pasteleiro
resfriado sobre a base da
torta, alisando com uma
espátula. -
Cubra com a massa restante:
Abra o restante da
massa e coloque sobre
o recheio, selando
bem as bordas. -
Decore com pinhões:
Pincele com clara de ovo
e distribua os pinhões
sobre a superfície da torta. -
Asse:
Pré-aqueça o forno
a 160°C e asse por
aproximadamente 40 mins
ou até que esteja
levemente dourada. -
Resfriamento:
Deixe esfriar antes
de desenformar
e polvilhe com açúcar
de confeiteiro
antes de servir.
Informações Nutricionais
Servings 8
- Amount Per Serving
- Calories 429kcal
- % Daily Value *
- Total Fat 19g30%
- Saturated Fat 6.7g34%
- Cholesterol 57mg19%
- Sodium 1000mg42%
- Potassium 286mg9%
- Total Carbohydrate 43g15%
- Dietary Fiber 1.9g8%
- Sugars 4.8g
- Protein 24g48%
- Calcium 190 mg
- Iron 2.9 mg
* Os Valores Diários Percentuais são baseados em uma dieta de 2.000 calorias. Seu valor diário pode ser maior ou menor dependendo de suas necessidades calóricas.
Observação
A História da Torta da Vovó: Uma Tradição Familiar Italiana
Antes de compartilhar os detalhes da receita, quero contar um pouco sobre as origens desta sobremesa icônica que me encantou desde a primeira vez que a provei. A Torta da Vovó tem suas raízes na Toscana, região central da Itália que visito anualmente para aprimorar meu conhecimento sobre confeitaria tradicional. Durante minhas estadias em pequenos vilarejos toscanos, descobri que, embora o nome sugira uma criação anônima de alguma avó italiana, acredita-se que a receita tenha sido formalizada em meados do século XX, em Arezzo, por um chef chamado Guido Samorini.
O que me fascina nesta sobremesa é a simplicidade de seus ingredientes e a harmonia dos sabores. Como muitas receitas italianas tradicionais que ensino em minha escola de gastronomia, a Torta da Vovó nasceu da sabedoria culinária transmitida de geração em geração, utilizando ingredientes frescos e locais. Os pinhões, elemento característico desta torta e que sempre trago de minhas viagens à Itália, adicionam não apenas um sabor único, mas também uma textura contrastante ao conjunto.
Em minhas aulas sobre doces italianos, sempre enfatizo o caráter familiar desta receita. Cada família italiana tem sua versão, com pequenas variações que refletem preferências pessoais e tradições regionais. Nas minhas diversas viagens gastronômicas pela Itália, provei versões com acentuado sabor de limão, outras que privilegiam a baunilha, e algumas com toques de licor ou essência de amêndoas. A versão que compartilho hoje é o resultado de anos refinando a receita em minha cozinha, combinando o que considero o melhor de cada variação.
Ingredientes para a Torta da Vovó Perfeita
Como sempre digo aos meus alunos, a qualidade dos ingredientes é fundamental para o sucesso de qualquer receita tradicional. Aqui, divido a lista por etapas para facilitar o preparo desta sobremesa especial.
Para a Massa Quebradiça:
- 300g de farinha de trigo (uso tipo 00 italiana, mas uma farinha de boa qualidade serve bem)
- 150g de açúcar refinado
- 150g de manteiga em temperatura ambiente (retirada da geladeira 1h30 antes)
- 4 gemas de ovo
- 60g de claras (aproximadamente 2 claras)
- Raspas de 1 limão siciliano não tratado (sempre uso orgânicos para as raspas)
- 1 colher de chá de fermento em pó
- 1 pitada de sal fino
Para o Creme Pasteleiro de Baunilha e Limão:
- 500ml de leite integral
- 5 gemas de ovo
- 120g de açúcar refinado
- 50g de amido de milho (maizena)
- Raspas de 1 limão siciliano não tratado
- 1 vagem de baunilha (trago diretamente de Madagascar quando possível)
Para a Decoração:
- 80g de pinhões (guardo sempre um estoque especial para esta receita)
- Açúcar de confeiteiro para polvilhar
- 1 clara de ovo para pincelar (opcional)
Equipamentos Necessários
Em minha cozinha profissional e nas aulas que ministro, sempre enfatizo a importância de ter os equipamentos certos. Para esta Torta da Vovó, recomendo:
- Batedeira com pá (embora eu muitas vezes prefira fazer à mão, para sentir melhor a textura)
- Aro de torta de 20cm (preferencialmente liso - aprendi da maneira difícil que aros canelados complicam a desmoldagem)
- Fouet (batedor de arame) de boa qualidade
- Rolo de massa ajustável
- Filme plástico
- Assadeira robusta
- Tapete de silicone ou papel manteiga
- Espátula para alisar o creme
Preparo da Massa Quebradiça com Limão
A base da nossa Torta da Vovó é uma massa quebradiça (pasta frolla, em italiano) que deve literalmente derreter na boca. Depois de anos preparando esta receita em minha confeitaria e ensinando-a em workshops internacionais, posso garantir que o segredo está na técnica de preparo e no cuidado para não trabalhar demais a massa, evitando o desenvolvimento do glúten, o que poderia deixá-la elástica e dura.
- Misture os ingredientes secos: Sempre começo colocando na tigela da batedeira a farinha de trigo, o açúcar refinado, o fermento em pó e o sal fino. Misturo bem para garantir que os ingredientes fiquem uniformemente distribuídos.
- Adicione a manteiga: Em seguida, faço um buraco no centro da mistura seca e adiciono a manteiga em cubinhos, levemente amolecida. Aprendi com mestres confeiteiros italianos que a manteiga deve estar em temperatura ambiente, mas não mole demais – ela deve estar maleável, mas ainda manter sua estrutura.
- Incorpore as raspas de limão: Este é um toque que sempre adiciono desde minha primeira viagem à Toscana. Ralo a casca de um limão siciliano diretamente sobre a mistura. Utilizo apenas a parte amarela, evitando a parte branca que pode trazer amargor. As raspas de limão são essenciais para o aroma característico que tanto aprecio nesta torta.
- Técnica de areação: Com o auxílio da pá da batedeira (ou usando as pontas dos dedos quando faço manualmente em minhas demonstrações ao vivo), trabalho a mistura até obter uma textura semelhante a uma areia grossa. Este processo é conhecido como "sablage" na confeitaria francesa ou "sabbiatura" na italiana - técnicas que estudei intensamente durante minha formação.
- Adicione os ovos: Incorporo as quatro gemas e as 60g de claras de ovo à mistura. Continuo batendo em velocidade baixa apenas até que a massa se torne homogênea e comece a desgrudar das paredes da tigela. Ensino a meus alunos que o cuidado nesta etapa é fundamental: não trabalhe a massa além do necessário.
- Forme uma bola: Transfiro a massa para uma superfície levemente enfarinhada e formo uma bola uniforme sem amassar muito. Achato-a ligeiramente para formar um disco, usando técnicas que aprimorei ao longo dos anos.
- Descanso na geladeira: Envolvo a massa em filme plástico, formando um retângulo achatado para facilitar o resfriamento. Levo à geladeira por pelo menos 60 minutos. Este descanso é essencial para que a gordura solidifique novamente e a massa adquira a textura ideal para ser aberta.
Preparo do Creme Pasteleiro Aromático
Enquanto a massa descansa, preparo o recheio cremoso. O creme pasteleiro desta torta é uma das minhas especialidades - aromatizado com limão e baunilha, criando uma combinação delicada que aprendi a aperfeiçoar após inúmeras experimentações em minha cozinha.
- Prepare o leite aromatizado: Em uma panela, aqueço o leite integral. Adiciono as raspas de um limão siciliano e as sementes de uma vagem de baunilha, previamente raspada com a ponta de uma faca. Coloco também a vagem cortada ao meio para intensificar o sabor. Levo ao fogo médio até começar a ferver, deixando os aromas se liberarem completamente.
- Misture os outros ingredientes: Em uma tigela separada, bato as gemas de ovo com o açúcar até obter uma mistura clara e levemente aerada. Este processo, conhecido como "blanchir" (branquear), é importante para evitar que as gemas cozinhem quando entrarem em contato com o leite quente - um truque que aprendi com um chef parisiense.
- Adicione o amido de milho: Incorporo o amido de milho à mistura de gemas e açúcar, batendo bem para evitar grumos. O amido é fundamental para dar corpo e estabilidade ao creme, uma técnica que sempre enfatizo em minhas aulas de confeitaria profissional.
- Incorpore o leite quente: Quando o leite ferve, retiro a panela do fogo e removo a vagem de baunilha. Despejar o leite quente gradualmente sobre a mistura de gemas, batendo constantemente com um fouet para garantir uma incorporação homogênea, é uma técnica que exige prática e que demonstro com cuidado em meus workshops.
- Cozinhe o creme: Transfiro toda a mistura de volta à panela e levo ao fogo médio. Mexo continuamente com o fouet até que o creme engrossse e comece a borbulhar. Isto leva aproximadamente 3-5 minutos. Ensino a meus alunos que o creme está no ponto quando cobre as costas de uma colher e, ao passar o dedo, deixa um rastro claro.
- Resfrie o creme: Transfiro o creme pasteleiro para uma tigela limpa e cubro com filme plástico em contato direto com a superfície para evitar a formação de uma película. Deixo esfriar em temperatura ambiente por cerca de 15 minutos antes de levar à geladeira por pelo menos 40 minutos, uma técnica que garante a textura perfeita.
Montagem e Assamento da Torta da Vovó
Agora que temos a massa descansada e o creme resfriado, podemos montar a Torta da Vovó tradicional italiana, um processo que aperfeiçoei ao longo de muitos anos em minha confeitaria.
- Prepare a forma: Sempre uso um aro sobre uma assadeira forrada com tapete de silicone. Se estiver usando uma forma de fundo removível, recomendo untá-la levemente com manteiga.
- Divida a massa: Retiro a massa da geladeira e divido-a em duas partes desiguais: aproximadamente 2/3 para a base e 1/3 para a cobertura, uma proporção que descobri ser ideal após muitas experimentações.
- Abra a massa da base: Em uma superfície levemente enfarinhada, abro a parte maior da massa com um rolo até obter uma espessura de aproximadamente 3-4mm. A massa deve ficar alguns centímetros maior que o diâmetro do aro para cobrir também as laterais.
- Forre o aro: Com o cuidado que aprendi em minhas temporadas em confeitarias italianas, enrolo a massa aberta no rolo e desenrolo-a sobre o aro. Pressiono delicadamente para que adira bem ao fundo e às laterais. Com o rolo passado por cima do aro, corto o excesso de massa nas bordas.
- Prepare o creme: Retiro o creme pasteleiro da geladeira e trabalho-o ligeiramente com uma espátula para que fique liso e cremoso novamente, uma técnica que sempre ensino nos meus cursos avançados.
- Recheie a torta: Despejar o creme pasteleiro sobre a base de massa, deixando uma margem de aproximadamente 3-4mm abaixo da borda superior. Não é necessário utilizar todo o creme se for excessivo. Aliso bem a superfície com uma espátula, garantindo uniformidade.
- Prepare a cobertura: Abro o terço restante da massa da mesma forma que a base, até obter uma espessura de 3mm, usando técnicas precisas que desenvolvi ao longo de minha carreira.
- Cubra a torta: Coloco cuidadosamente a massa aberta sobre o creme pasteleiro. Pressiono as bordas para selar bem as duas camadas de massa, um detalhe crucial que garante que a torta não abra durante o assamento.
- Perfure a superfície: Com um garfo, faço diversos furinhos na superfície da torta para permitir a saída do vapor durante o assamento, evitando que a massa superior infle - um truque que aprendi com uma senhora toscana durante uma de minhas viagens culinárias.
- Finalize com pinhões: Pincelo a superfície com clara de ovo levemente batida para ajudar na aderência dos pinhões e dar brilho após o assamento. Distribuo os pinhões uniformemente sobre toda a superfície, pressionando levemente para que fiquem bem fixados - a marca registrada desta torta tradicional.
- Asse a torta: Pré-aqueço o forno a 160°C (temperatura média-baixa) e asso a torta por aproximadamente 35-40 minutos, ou até que a superfície esteja levemente dourada e as bordas adquiram uma coloração mais escura, um tempo que ajustei após muitas provas em diferentes fornos.
- Resfriamento: Após assada, retiro a Torta da Vovó do forno e deixo esfriar completamente em temperatura ambiente antes de desenformar. Aprendi que o resfriamento completo é essencial para que o creme pasteleiro se estabilize e a Torta da Vovó mantenha sua estrutura.
- Finalização: Quando está completamente fria, desenforro cuidadosamente a torta e transfiro para um prato de servir. Polvilho generosamente com açúcar de confeiteiro antes de servir, um toque final que aprendi a apreciar em minhas viagens pela Itália.
Dicas e Truques para uma Torta da Vovó Perfeita
Ao longo de meus anos como chef confeiteira e professora, desenvolvi algumas técnicas especiais que compartilho com vocês:
A Massa Ideal
- A massa da Torta da Vovó deve ser quebradiça e derreter na boca. Para isso, é fundamental não trabalhar demais a massa após adicionar os ovos, um erro comum que vejo muitos de meus alunos cometerem.
- Mantenho todos os ingredientes em temperatura ambiente para facilitar a incorporação, uma prática que adoto em toda minha confeitaria.
- O descanso na geladeira não é opcional – é essencial para que a massa adquira a textura correta, um princípio que aplico em todas as massas quebradas que preparo.
- Se a massa estiver muito grudenta ao abrir, adiciono um pouco mais de farinha na superfície de trabalho, mas com moderação para não alterar a textura final.
O Creme Pasteleiro Perfeito
- Para um creme sem grumos, nunca paro de mexer enquanto está no fogo, uma técnica que ensino enfaticamente em minhas aulas.
- A adição do leite quente à mistura de gemas deve ser gradual e com mexida constante para evitar que as gemas cozinhem, um detalhe que faz toda a diferença.
- O filme plástico em contato direto com o creme é essencial para evitar a formação de película, uma prática não negociável em minha cozinha.
- Quando desejo um sabor mais intenso de baunilha, adiciono algumas gotas de extrato de baunilha de Madagascar que sempre trago de minhas viagens.
Assamento Ideal
- A temperatura do forno não deve ser muito alta para evitar que a superfície escureça antes que o interior esteja cozido, um equilíbrio que levei anos para dominar.
- O tempo de assamento pode variar de acordo com o forno – observo a coloração da superfície, uma habilidade que desenvolvi após milhares de fornadas.
- Se noto que a torta está dourando muito rápido, cubro com papel alumínio na metade do tempo de assamento, uma técnica de resgate que sempre tenho à mão.
- Para testar se a torta está pronta, verifico se a superfície está firme ao toque e levemente dourada, e as bordas um pouco mais escuras, sinais que aprendi a identificar com precisão.
Variações Regionais e Adaptações Possíveis
Durante minhas viagens gastronômicas pela Itália e em meus estudos de confeitaria regional, descobri que cada região e até mesmo cada família tem sua própria versão da Torta da Vovó. Algumas variações que incorporei ao meu repertório incluem:
Torta da Vovó Toscana
A versão toscana tradicional é a que apresento aqui, com recheio de creme pasteleiro de baunilha e limão, coberta com pinhões - a primeira que provei e pela qual me apaixonei.
Torta da Vovó Siciliana
Na Sicília, durante um workshop que ministrei em Palermo, aprendi a adicionar um toque de cannella (canela) ao creme pasteleiro e substituir parte dos pinhões por amêndoas laminadas, uma variação deliciosa.
Torta da Vovó alla Crema di Limone
Em minha passagem pela Costa Amalfitana, conheci versões que enfatizam ainda mais o sabor cítrico, utilizando suco de limão no creme além das raspas, criando um recheio mais refrescante que adoro preparar no verão.
Adaptações Modernas em Minha Cozinha
- Para atender clientes com restrições alimentares, desenvolvi uma versão sem glúten, substituindo a farinha de trigo por uma mistura especial de farinhas sem glúten que criei.
- Compreendendo a realidade econômica de meus alunos, sugiro que, se os pinhões estiverem fora do orçamento, amêndoas laminadas ou em palitos são uma excelente alternativa.
- Para meus alunos veganos, desenvolvi uma versão substituindo a manteiga por óleo de coco, e usando creme pasteleiro à base de leite de amêndoas engrossado com amido de milho.
Como Servir e Armazenar a Torta da Vovó
Apresentação
Em meu restaurante e nos eventos que organizo, sirvo a Torta da Vovó fria, após repousar por algumas horas ou mesmo de um dia para o outro. Polvilho o açúcar de confeiteiro apenas momentos antes de servir para manter o visual impecável.
Tradicionalmente, apresento esta sobremesa italiana em fatias pequenas, acompanhada de um café espresso ou um licor de limão que produzo artesanalmente. Também combina maravilhosamente com um sorvete de creme artesanal ou uma colherada de crème fraîche levemente adoçada, combinações que encantam meus clientes.
Armazenamento
Por conter creme pasteleiro, ensino a meus alunos que a Torta da Vovó deve ser armazenada na geladeira, coberta com filme plástico ou em um recipiente hermético. Ela se mantém por até 3 dias, embora o sabor esteja no auge nas primeiras 48 horas após o preparo, como descobri após anos de experiência.
Para eventos importantes, preparo a massa e o creme separadamente com até dois dias de antecedência, e monto e asso a torta no dia de servir, garantindo frescor e sabor ótimos.
Conclusão: Uma Tradição que Perdura em Minha Cozinha
A Torta da Vovó é um exemplo perfeito do que mais amo na culinária italiana: a capacidade de transformar ingredientes simples em algo extraordinário. Com sua combinação equilibrada de texturas e sabores – a massa quebradiça, o creme aveludado e os pinhões crocantes – esta sobremesa tradicional conquistou meu coração e o de meus alunos e clientes.
Ao compartilhar esta receita, sinto que estou transmitindo não apenas uma técnica culinária, mas uma tradição que carrego comigo desde minhas primeiras viagens à Itália. Cada Torta da Vovó que preparo em minha cozinha carrega memórias de pequenas confeitarias toscanas, de senhoras italianas que generosamente compartilharam seus segredos comigo, e do prazer de ver rostos se iluminarem ao provarem esta delícia pela primeira vez.
Espero que você experimente fazer esta maravilhosa Torta da Vovó italiana em sua casa e compartilhe momentos especiais com seus entes queridos ao saborear cada fatia. Como sempre digo aos meus alunos, citando um provérbio italiano que adoro: "A tavola non si invecchia" – à mesa, não se envelhece. E certamente, com a Torta della Nonna, cada momento se torna uma celebração da vida e da boa gastronomia.
Buon appetito!
Gabriella dos Santos
Perguntas frequentes (FAQ) sobre Torta da Vovó (Torta della Nonna)
A Torta da Vovó, ou Torta della Nonna, é uma tradicional sobremesa italiana composta por uma massa quebradiça (pasta frolla) recheada com creme pasteleiro aromatizado com limão e baunilha, e coberta com pinhões crocantes.
Os ingredientes principais incluem farinha de trigo, açúcar, manteiga, gemas de ovo, leite, amido de milho, raspas de limão, vagem de baunilha e pinhões.
O tempo total de preparo é de aproximadamente 2 horas, incluindo o tempo de descanso da massa e o tempo de assamento.
Sim! A Torta da Vovó pode ser preparada com antecedência e armazenada na geladeira por até 3 dias. Ela também pode ser congelada por até 60 dias.
Você pode adicionar sabores diferentes ao creme pasteleiro, como canela ou amêndoas, ou substituir os pinhões por amêndoas laminadas. Além disso, algumas versões incluem um toque de licor no recheio.
A torta deve ser armazenada na geladeira em um recipiente hermético ou coberta com filme plástico para evitar que absorva odores.
A Torta da Vovó é tradicionalmente servida fria, mas você pode aquecê-la levemente no forno antes de servir se preferir uma sobremesa morna.
Para garantir que a massa fique quebradiça, evite trabalhar demais a massa após adicionar os ovos e certifique-se de que a manteiga esteja em temperatura ambiente antes de misturá-la.